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11 Fundamentos para a Excelência na Gestão das Organizações

Ao longo deste post serão abordados alguns fundamentos para a excelência da sua gestão. Podemos destacar alguns Aprendizado Organizacional, Cultura de Inovação, Liderança, Visão de Futuro, Geração de Valor.

Os Fundamentos para a Excelência na Gestão das Organizações

O principal objetivo deste post é promover o entendimento do significado de cada Fundamento aqui descritos. Pois, uma vez abarcada essa compreensão, a adoção dos mesmos acaba sendo uma opção individual. Assim, cada profissional será capaz de compreender os fundamentos e aos poucos incorporá-los em suas atitudes, demonstrando a adoção dos mesmos. Com isso, a organização gradativamente é transformada, devido a mudança de comportamento.

Os Fundamentos para a Excelência na Gestão das Organizações expressam conceitos reconhecidos internacionalmente. Estes, por sua vez, podem ser traduzidos em práticas ou fatores de desempenho encontrados em organizações líderes, de Classe Mundial. Esse comportamento demonstra que há organizações em busca constante de aperfeiçoamento, adaptando-se às mudanças globais.

1ª Lição: Pensamento Sistêmico

O Pensamento Sistêmico é a compreensão das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma organização. Bem como, entre a organização e o ambiente externo.

As organizações são constituídas por uma complexa combinação de recursos humanos e organizacionais, cujo desempenho pode afetar, positiva ou negativamente, a organização em seu conjunto. Como sistemas vivos, as organizações precisam aprender a valorizar suas redes formais com clientes, parceiros e fornecedores. Assim como as redes que emergem, espontaneamente, entre seus integrantes e estes com o ambiente externo.

O estabelecimento de redes informais de relacionamentos que as pessoas criam dentro das organizações são fundamentais para o cumprimento de suas tarefas. Assim como, para a disseminação de informações que agregam valor mediante ao compartilhamento dos conteúdos e contextos do conhecimento necessários à decisão. A gestão de redes não se resume à utilização de ferramentas de tecnologia de informação para armazenar e compartilhar informações e conhecimentos. É necessário criar um ambiente propício para a disseminação de conhecimentos e experiências que incluam as redes informais.

O Pensamento Sistêmico é mais facilmente demonstrado e compreendido pelas pessoas de uma organização, quando esta adota um modelo de gestão. E logo em seguida, o dissemina de forma transparente, através do monitoramento por meio de auto-avaliações sucessivas.

2ª Lição: Aprendizado Organizacional

Aprendizado Organizacional é a busca e o alcance de um novo patamar de conhecimento para a organização. Podendo esta ser realizada por meio da percepção, reflexão, avaliação e compartilhamento de experiências. O aprendizado organizacional deve estar internalizado na cultura da empresa, tornando-se parte do trabalho diário em todos os níveis e em quaisquer de suas atividades.

Preservar o conhecimento que a organização tem de si própria, de sua gestão e processos, é fator básico para sua evolução.

A organização deve buscar o conhecimento compartilhado e o aprendizado coletivo. A gestão do conhecimento, apoiada na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, valoriza e perpetua o capital intelectual.

O aprendizado organizacional incentiva a experimentação, utiliza o erro como instrumento pedagógico, dissemina suas melhores práticas, compartilha informação e conhecimento, além de desenvolver soluções e implementar melhorias e inovações de forma sustentada.

3ª Lição: Cultura de Inovação

Encontramos a Cultura de Inovação quando a organização promove um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas idéias. E que além disso, permita gerar um diferencial competitivo.

No entanto, para permanecer competitiva, a organização precisa gerar continuamente idéias originais e incorporá-las a seus processos, produtos, serviços e relacionamentos. É importante gerar uma cultura que incentive o desejo de fazer as coisas de maneira diferente. Isso significa, ter a capacidade de entender de forma simples questões complexas, a propensão ao risco e a tolerância ao erro bem-intencionado. A promoção da cultura de inovação deve considerar mecanismos que incentivem a geração de idéias com relação a temas de interesse estratégico, tanto de forma espontânea como induzida.

A capacidade de interação com o ambiente externo, assim como, as redes de relacionamentos formais e informais, são também fatores essenciais para a criatividade.

A inovação não se reduz à criação de produtos, serviços, processos ou tecnologias que rompem com a maneira convencional de fazer as coisas. No entanto, ela considera também as mudanças que podem ter impactos abrangentes e duradouros na/para organização.

4ª Lição: Liderança e Constância de Propósitos

Temos a Liderança e a Constância de Propósitos quando encontramos uma atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e motivadora das pessoas. Atitudes assim, visam o desenvolvimento da cultura da excelência à promoção de relações de qualidade e à proteção dos interesses das partes interessadas. Os líderes devem atuar como mentores. Precisam ter visão sistêmica e abrangente, ultrapassando as fronteiras da organização e as restrições do curto prazo. Devem possuir também, um comportamento ético e habilidade de negociação, liderando principalmente pelo exemplo.

Nas redes formais, o líder deve estar apto a lidar com negociação, coordenação, supervisão e cobrança das atividades acordadas. Nas redes informais, entretanto, incumbe ao líder promover o conhecimento e os valores da organização, para atuar como guia para as decisões e atividades das pessoas envolvidas.

Desenvolver habilidades para gerenciar a operação de redes é um requisito para o desempenho adequado da liderança.

A participação pessoal dos líderes, empregada de forma ativa e continuada, cria clareza e unidade de propósito na organização. Seu papel inclui a criação de um ambiente propício à inovação e ao aperfeiçoamento constante ao aprendizado organizacional. Considera-se também o aprendizado e o desenvolvimento da capacidade da organização de se antecipar e se adaptar com agilidade às mudanças no seu ecossistema.

A construção de um relacionamento baseado no respeito e confiança mútuos pressupõem um comportamento ético e transparente. Esses princípios devem ser a base de um sistema de governança eficaz e que se aplicam a todos os aspectos do relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas ou proprietários, órgãos do governo, sindicatos ou outras partes interessadas.

A ação da liderança deve conduzir ao estabelecimento e manutenção de relações de qualidade com todas as partes interessadas. Dessa forma, obtém-se o comprometimento de todos para concretizar a visão da organização. A identificação dos riscos e oportunidades para a organização, das suas forças e fraquezas, bem como o levantamento e mapeamento dos riscos, buscam minimizar a probabilidade de eventos adversos aos objetivos estratégicos, ampliando assim as chances de sucesso.

Desenvolver as competências do líder nesta área é requisito fundamental para a governança da organização.

5ª Lição: Orientação por Processos e Informações

É compreender e segmentar um conjunto de atividades e processos de uma organização que agreguem valor para as partes interessadas. Sendo que a tomada de decisões e execução de ações devem ter como base a medição e análise do desempenho. Levando-se em consideração as informações disponíveis, além de incluir os riscos identificados.

O funcionamento de uma organização está baseado em um conjunto de atividades transformadoras inter-relacionadas. Assim, para agregar valor ao negócio, é fundamental mapear e padronizar as atividades em processos e conhecer as necessidades e expectativas das partes interessadas. A satisfação das partes interessadas é alcançada pela tradução de suas necessidades e expectativas em requisitos para os produtos e serviços. Bem como, o seu desdobramento para cada processo na cadeia de valor. Isto permite planejar e executar melhor as atividades, pela definição adequada de responsabilidades; uso dos recursos de modo mais eficiente; realização da prevenção e solução de problemas; eliminação de atividades redundantes, a fim de aumentar a produtividade.

Quando o domínio dos processos é pleno, há previsibilidade dos resultados, o que serve de base para a implementação de inovações e melhorias.

A tomada de decisão em todos os níveis da organização, deve se apoiar na análise de fatos, dados e informações dos ambientes, interno e externo. Além disso, deve-se abranger todas as partes interessadas. As medições devem refletir as necessidades e estratégias da organização, fornecendo informações confiáveis sobre processos e resultados.

Para dar eficácia ao processo de tomada de decisões, a organização deve dispor de sistemas estruturados de informação adequados às suas atividades. E deve, também, desenvolver formas de obtenção e uso sistemático de informações comparativas.

6ª Lição: Visão de Futuro

Visão de Futuro é compreender os fatores que afetam a organização, seu ecossistema e o ambiente externo, no curto e no longo prazo, visando à sua perenização. É uma visão do “túnel do tempo”. A organização com visão de futuro, pensa, planeja e aprende estrategicamente, obtendo resultados sustentáveis e de alto desempenho em suas atividades no presente e no futuro.

O planejamento deve ser voltado para o sucesso no longo prazo e para os resultados no presente. Não devendo, no entanto, comprometer o futuro em função de ganhos no curto prazo. Antecipar-se com agilidade e proatividade, além de adaptar-se às novas tendências do ambiente externo às novas necessidades e expectativas das partes interessadas, aos desenvolvimentos tecnológicos, aos requisitos legais, às mudanças estratégicas dos concorrentes e às necessidades da sociedade, é essencial ao sucesso de uma organização.

Refletir sobre o passado ao mesmo tempo em que se analisa o presente e se projeta o futuro, é realizar a “união dos tempos”. Isso promoverá um transitar seguro ao longo do “túnel do tempo”.

7ª Lição: Geração de Valor

Gerar Valor é alcançar resultados consistentes, assegurando a perenidade da organização pelo aumento de valor tangível e intangível. Desse modo, sustenta-se todas as partes interessadas. Gerar valor para todas as partes interessadas visa aprimorar relações de qualidade e assegurar o desenvolvimento da organização.

A organização que age desta forma, enfatiza o acompanhamento dos resultados em relação às metas. A comparação destas com referenciais pertinentes e o monitoramento da satisfação de todas as partes interessadas, obtém-se sucesso de forma sustentada e adicionada a geração de valor, para todas elas.

A geração de valor, depende cada vez mais, dos ativos intangíveis, que atualmente representam a maior parte do valor das organizações. Além disso, o conhecimento tácito, oriundo do trabalho, em redes formais e informais, também deve ser considerado.

8ª Lição: Valorização das Pessoas

Percebemos a valorização das pessoas quando encontramos a criação das condições necessárias para que elas se realizem profissional e humanamente, maximizando seu desempenho por meio do comprometimento, do desenvolvimento de competências e de espaços para empreender. O sucesso das organizações depende cada vez mais, das oportunidades de aprendizado das pessoas que as integram e de um ambiente favorável ao desenvolvimento de suas potencialidades.

Valorizar pessoas, significa assegurar seu desenvolvimento, bem-estar e satisfação. E assim, criando práticas mais flexíveis e produtivas para atrair e reter talentos, bem como, um clima organizacional participativo e agradável, propiciando um alto desempenho pessoal e organizacional.

Criar uma cultura flexível e estimulante ao conhecimento, disseminar os valores e crenças da organização e assegurar um fluxo aberto e contínuo de informações, são fundamentais para que as pessoas se auto motivem e atuem com autonomia. Para assegurar a motivação e o comprometimento das pessoas mais talentosas, incumbidas de criar e disseminar o conhecimento, dentro e fora da organização, é necessário dar-lhes livre acesso às suas redes internas e externas de relacionamentos.

9ª Lição: Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado

O conhecimento e entendimento do cliente e do mercado, visando à criação de valor de forma sustentada para o cliente e conseqüentemente gerar maior competitividade no mercado. A organização com foco no cliente, além de conhecer suas necessidades atuais e se antecipar às expectativas, procede da mesma forma em relação às necessidades e expectativas dos clientes e mercados potenciais. Busca-se assim, estabelecer relações duradouras e de qualidade. E, quando essas necessidades estão claras, para toda a organização e não somente para as áreas diretamente envolvidas com os clientes, é possível desenvolver e oferecer produtos ou serviços diferenciados que irão satisfazer os clientes do mercado atual. E em alguns casos, atingir novos segmentos.

Dessa forma, a organização deve estar atenta ao seu relacionamento com os clientes e a todas as características e atributos do produto ou serviço. Pois, são eles que adicionam valor aos mesmos, intensificam sua satisfação, determinam suas preferências e os tornam fiéis à marca, ao produto ou à organização.

Organizações focadas no cliente também buscam identificar as características e atributos que diferenciam seu produto ou serviço daquele oferecido pela concorrência. O foco no mercado mantém a organização atenta às mudanças que ocorrem à sua volta, principalmente quanto aos concorrentes e à movimentação dos clientes em relação às novas demandas e necessidades.

A promoção da satisfação do cliente e a conquista de sua fidelidade, por meio do estabelecimento de relações duradouras, é a diferenciação em relação à concorrência. São portanto, fatores fundamentais para o aumento da competitividade da organização, configurando-se como uma questão estratégica.

10ª Lição: Desenvolvimento de Parcerias

Desenvolver atividades em conjunto com outras organizações, a partir da plena utilização das competências essenciais, visam benefícios para ambas as partes. As organizações modernas reconhecem que no mundo de hoje – de mudanças constantes e aumento da demanda – o sucesso pode depender das parcerias que elas irão desenvolver. Essas organizações procuram desenvolver maior interação, relacionamento e atividades compartilhadas com outras organizações. De modo que, seja permitido a entrega de valor agregado às suas partes interessadas, por meio da otimização das suas competências essenciais.

Essas parcerias podem ser com clientes, fornecedores, organizações de cunho social, ou mesmo com competidores, e são baseadas em benefícios mútuos claramente identificados. O trabalho conjunto dos parceiros, apoiado nas competências, conhecimento e recursos comuns, assim como, o relacionamento baseado em confiança mútua, respeito e abertura, facilitam o alcance dos objetivos.

As parcerias são usualmente estabelecidas para atingir um objetivo estratégico ou entrega de um produto ou serviço. Desta forma, são formalizadas por um determinado período que envolve a negociação e o claro entendimento das funções de cada parte. Bem como, os benefícios decorrentes para ambas as partes.

11ª Lição: Responsabilidade Social

Responsabilidade Social é a atuação que se define pela relação ética e transparente da organização com todos os públicos com os quais se relaciona. Estando voltada para o desenvolvimento sustentável da sociedade, a preservação de recursos ambientais e culturais para gerações futuras; respeito à diversidade e promoção da redução das desigualdades sociais como parte integrante da estratégia da organização.

A responsabilidade social pressupõe o reconhecimento da sociedade como parte integrante do ecossistema da organização. Observando esta com necessidades e expectativas que precisam ser identificadas, compreendidas e atendidas. Trata-se do exercício constante da consciência moral e cívica da organização, advinda da ampla compreensão de seu papel no desenvolvimento da sociedade.

O respeito à individualidade, ao sentimento coletivo e à liberdade de associação, assim como, a adoção de políticas não-discriminatórias e de proteção das minorias, são regras básicas nas relações da organização com as pessoas. A organização deve buscar o desenvolvimento sustentável; identificar os impactos na sociedade que possam decorrer de suas instalações, processos, produtos e serviços. Além de executar ações preventivas para eliminar ou minimizar esses impactos em todo o ciclo de vida das instalações, produtos e serviços.

Conclusão

Adicionalmente, busca preservar os ecossistemas naturais, conservar os recursos não-renováveis e racionalizar o uso dos recursos renováveis. Além do atendimento e da superação dos requisitos legais e regulamentares associados aos seus produtos, serviços, processos e instalações. O exercício da cidadania pressupõe o apoio às ações de interesse social e pode incluir:

Educação
Assistência Comunitária
Promoção da Cultura, do Esporte e do Lazer
Participação no Desenvolvimento Nacional, Regional ou Setorial.

A liderança na cidadania implica influenciar outras organizações, públicas ou privadas, a se tornarem parceiras nestes propósitos e, também, estimular as pessoas a se engajarem em atividades sociais.

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