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A RELAÇÃO ENTRE O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E OS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE) DA B3

A RELAÇÃO ENTRE O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E OS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL (ISE) DA B3 - Ambipar Vg - Verde Ghaia

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A sigla ESG (Environmental, Social e Governance) tomou conta do mercado de investimentos nos últimos tempos. Falar de ESG é integrar questões ambientais, sociais e de governança corporativa ao negócio das empresas.

E como que as empresas fazem para integrar o ESG nos seus negócios?

Hoje existem diversas instituições que fornecem padrões que auxiliam nas referências ESG. Dentre elas podemos destacar: Global Reporting Initiative (GRI), Sustainability Accounting Standards Board (SASB), Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), Carbon Disclosure Project (CDP), Morgan Stanley Capital International (MSCI), Dow Jones Sustainability Index World, Relato Integrado (IR), Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISE B3) dentre outras. Todos esses agentes de dados ESG nos mostram que cada uma dessas metodologias será aplicável ou não dependendo do objetivo de cada empresa.

Se tratando mais especificamente do ISE B3, o seu objetivo é ser uma forte referência em opções de investimento socialmente responsáveis no Brasil, que se destaca pelo desempenho histórico acima dos índices apresentados pela B3 e como indutor de boas práticas empresariais.

Segundo dados de uma plataforma de investimentos, desde que foi criado em 2005 até 2021, o ISE teve valorização de 315%, enquanto o Índice Ibovespa – IBOV cresceu 273%. Já quando se trata de volatilidade, o índice de sustentabilidade marcou 25,62%, contra 28,10% do principal indicador da B3.

Como forma de organizar as informações o questionário ISE 2021 apresentou 5 dimensões, subdivididas em 28 temas. Uma sexta dimensão, referente às mudanças climáticas, foi avaliada por meio do score CDP-Clima[1]. Dentro das 5 dimensões, temos:

Dando destaque à dimensão Meio Ambiente, nota-se que existe uma grande sinergia entre os temas e perguntas e a implementação de um sistema de gestão ambiental. O intuito deste texto é mostrar que quando uma empresa possui um sistema de gestão ambiental implementado ela garante um desempenho mais satisfatório dentro da dimensão ambiental do ISE B3.

O questionário ISE B3 é estruturado em quatro níveis:

As dimensões e temas do novo questionário (2021) estão baseados no modelo do SASB[2], com ajustes para a realidade do ISE B3. Para o conteúdo também são usadas como referências as ferramentas publicadas pela GRI[3] e pelo Sistema B[4], além do histórico do próprio ISE B3.

Dentro da dimensão meio ambiente temos os seguintes temas:

Sendo que os temas 2 a 5 são específicos, ou seja, apenas alguns tipos de setores deverão respondê-los, depois de sua classificação conforme materialidade setorial[5].

Para o tema “Políticas e Práticas de Gestão Ambiental” os tópicos incluídos são: Liderança e responsabilidade, Práticas de Gestão, Desempenho, Certificações, Cumprimento legal e Bem-estar animal. É a partir da análise dos tópicos que conseguimos encontrar a sinergia com o sistema de gestão ambiental.

Resumidamente esses tópicos irão trazer questões que buscam entender o papel das empresas no conhecimento e gerenciamento dos impactos ambientais causados por elas, desde a obtenção de energia e matéria prima até a disposição final dos resíduos dos processos produtivos e administrativos. Nesse momento, quando ela possui um sistema de gestão ambiental implementado e/ou certificado, ela terá definido toda uma estratégia, com KPIs, metas, definição de responsabilidades e recursos, controles e monitoramentos, atendimento às legislações aplicáveis que fornecerão as evidências mais adequadas para uma melhor pontuação no questionário do ISE B3.

O objetivo da ISO 14001 é auxiliar as empresas a adequar suas responsabilidades ambientais aos seus processos internos, de forma padronizada, sem comprometer seu desempenho financeiro. Dessa forma, sua implantação traz, além das melhores respostas ao ISE, um equilíbrio em relação aos pilares do ESG. E isso se torna essencial, uma vez que vivenciamos uma mudança no comportamento dos consumidores. Atualmente, as empresas que carregam a sustentabilidade em seus processos, tornam-se as preferências dos consumidores em geral.

A Ambipar VG possui um time especializado em consultoria ESG com experiência em análises documentais para entrada na carteira do ISE B3, elaboração de relatórios de sustentabilidade e matriz de materialidade, forte atuação em consultoria para priorização de ODS, além de mais de 20 anos de experiência em diversos setores com implantação e auditorias nas normas de sistema de gestão ambiental, saúde e segurança ocupacional, qualidade, gestão de energia, responsabilidade social, dentre outras.

Ficou interessado? Entre em contato com nossa equipe comercial: comercial@verdeghaia.com.br

 

Flávia Gomes Magalhães Catalano

Engenheira Ambiental / Engenheira de Segurança do Trabalho

Consultora ESG

 

 

[1] O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos que impulsiona empresas e governos a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, salvaguardar os recursos hídricos e proteger as florestas.

[2] As Normas SASB orientam a divulgação de informações de sustentabilidade financeiramente relevantes pelas empresas aos seus investidores. Disponível para 77 setores, os Padrões identificam o subconjunto de questões ambientais, sociais e de governança (ESG) mais relevantes para o desempenho financeiro em cada setor.

[3] A GRI (Global Reporting Initiative) é uma organização internacional independente que ajuda empresas e outras organizações a assumirem a responsabilidade por seus impactos, fornecendo-lhes a linguagem global comum para comunicar esses impactos. Fornecem os padrões mais utilizados no mundo para relatórios de sustentabilidade – os Padrões GRI.

[4] O Sistema B Brasil é uma organização parceira do B Lab desde 2012, responsável pelo engajamento, divulgação e promoção local de todo movimento B em todo país e na América Latina. O Movimento Global de Empresas B foi criado em 2006 nos Estados Unidos com objetivo de redefinir sucesso na economia para que sejam considerados não apenas o êxito financeiro, como também o bem-estar da sociedade e do planeta. Esta é uma comunidade global de líderes que usam os seus negócios para a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta.

[5] Segundo Diretrizes do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, um tema é considerado material para um setor quando os assuntos tratados em seu questionário são considerados relevantes para a capacidade de geração de valor das empresas desse setor, no curto, médio e longo prazo. Essa consideração inclui também riscos decorrentes de falhas na gestão de possíveis impactos socioambientais negativos, assim como riscos reputacionais decorrentes de conflito com as expectativas da sociedade.

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