O que é a materialidade? Em poucas palavras, é a avaliação criteriosa e sistemática dos impactos ambientais, sociais e de governança de uma organização, levando em consideração sua relevância e influência sobre as partes interessadas internas e externas. A materialidade envolve a identificação e priorização dos aspectos e questões mais significativos que afetam a sustentabilidade de uma empresa, com o objetivo de direcionar ações estratégicas, alocação de recursos e relatórios transparentes, promovendo a responsabilidade e a criação de valor sustentável.
Dessa forma, para a empresa que quer definir quais temas prioritários deve abordar em seu ciclo estratégico, pensando em sua cadeia de valor, é muito importante que trabalhe na construção e no entendimento da sua materialidade.
Mas o que vemos acontecendo em demasia são empresas que constroem a sua materialidade para extrair dela a sua matriz (a tão famosa Matriz de Materialidade) e utilizá-la quase como um sumário para os seus relatórios de sustentabilidade. E pronto. Sobre isso, podemos dizer que a Materialidade possui um dos piores ROI (Retorno sobre o Investimento) possível!
Para trabalharmos o que chamamos de Materialidade Estratégica, é importante que seja realizado todo um trabalho de diagnóstico para entendimento do nível de maturidade da organização em relação à agenda da sustentabilidade, além de estudos setoriais amplos e análises de benchmarks. Somente com um entendimento assertivo do contexto e da realidade da empresa, é possível, com mais assertividade, passar para aquela que talvez seja a etapa mais importante da Materialidade: a escuta das partes interessadas.
A materialidade deve se alicerçar naquilo que de fato a compõe e lhe dá força: o relacionamento e o engajamento dos stakeholders. No momento atual, em que o conceito de “Economia de Stakeholders” vem ganhando cada vez mais projeção, é fundamental que também se fortaleça a percepção de centralidade que essas partes interessadas desempenham nos negócios.
As empresas devem gerar valor não só para os seus acionistas, mas também para os seus colaboradores, para os seus clientes, para o meio ambiente, para a comunidade, dentre outras partes interessadas. E os temas materiais, que emergem do processo de escuta, devem orientar não apenas a comunicação de sustentabilidade, mas toda estratégia empresarial. Com esses processos há a possibilidade de se analisar as inúmeras correlações que estes temas possuem com os diferentes stakeholders – em vez de simplesmente ter como resultado uma lista dos temas materiais.
Neste sentido, com a Materialidade Estratégica é possível fazer uma série de análises cruzadas para se apurar a percepção de riscos e de oportunidades por stakeholder em relação a cada um dos temas materiais mapeados, assim como aferir a percepção de impacto (se positivo ou negativo) e o grau de importância para referidos temas.
E todo este processo é riquíssimo, pois com ele possível tangibilizar a materialidade muito além de uma mera peça de comunicação, e traçar metas, planos de ação e diretrizes reais para o concreto desenvolvimento da empresa dentro de uma perspectiva de curto, médio e longo prazo
Priorização de Temas, por Stakeholders:
Análise de Riscos e Oportunidades de Temas, por Stakeholders:
Percepção de Impacto de Temas, por Stakeholders:
Ou seja: a priorização de temas e de stakeholders terá uma influência real e legítima na definição do planejamento estratégico, bem como poderá ser um direcionador para a ação de todas as áreas da empresa. A lógica é que seja reforçado o engajamento entre públicos internos e externos (por exemplo: RI da empresa e investidores, suprimentos e fornecedores, comercial e clientes, etc) para gerar mais valor a partir dessas relações aprimoradas.
O principal obstáculo é a falta de ferramentas apropriadas para os gestores quando estes recebem o resultado da pesquisa de materialidade. E é justamente nesse gap que a Ambipar GreenTech atua ao pensar na materialidade estrategicamente. Por meio de expertise analítica e ferramentas adequadas trabalhamos nas análises de riscos e impactos dos temas para o negócio, e do negócio para os temas; identificamos aquelas questões que são mais relevantes para a geração de valor para a empresa; e damos as bases para a construção de planos de engajamento com seus diversos stakeholders, o que pode levar a melhores ações estratégicas, gerando ainda mais valor para toda a empresa.
É nisso que a Ambipar GreenTech acredita. A Materialidade Estratégica como uma ferramenta fundamental para a gestão do negócio em si.
Considerações Finais
Caso tenha ficado alguma dúvida a respeito do tema abordado neste artigo, ou tenha interesse em nos conhecer melhor, entre em contato conosco!
Atuamos no mercado de Gestão Empresarial há mais de 20 anos! Os nossos consultores estão preparados para melhor lhe atender.
Henrique Dornas Dutra | Consultor ESG.