Sabe-se que o ano de 2020 foi marcado pelo início da crise sanitária de combate à Covid-19, crise esta que percorreu durante todo o ano de 2021. No Brasil, de modo mais gravoso, ultrapassamos a marca de mais de 600 mil vítimas fatais infectadas pelo vírus.
No artigo de hoje, abordaremos a respeito da referida crise sanitária acarretada pela Covid-19, e quais foram os impactos e reflexos para a logística reversa.
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Quais foram os impactos e reflexos da pandemia da Covid-19 para a logística reversa?
Em janeiro de 2020, a pandemia da Covid-19 foi alçada à condição de emergência de saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Tendo em vista sua progressividade contagiosa, foi desencadeado um esforço mundial para acabar com a transmissão do vírus, porém, ainda assim, foi registrado o número de 6 milhões de mortes e 469 milhões de pessoas infectadas pela doença, no mundo inteiro.
Além disso, o combate ao vírus tem pressionado os sistemas de saúde de todos os países atingidos, produzindo um grande impacto nos sistemas econômicos. No Brasil não foi diferente, especialmente pelas conflituosas políticas públicas emergenciais determinadas em âmbito federal, estadual ou municipal para enfrentamento da crise sanitária.
Ademais, a publicação OECD Economic Surveys Brazil para o ano de 2020 já registrava a ocorrência de uma recessão econômica no país; inflação acima da meta; queda nos investimentos; necessidade de combate à corrupção e aos crimes fiscais; necessidade de um olhar para o crescimento de uma economia sustentável; dentre outros pontos.
Ainda, os graves impactos econômicos deveriam ser enfrentados, de acordo com o estudo supracitado, mediante a realização de reformas estruturais, como a tributária; aumento de políticas públicas, de infraestrutura, de desenvolvimento industrial, de relacionamento comercial, de concorrência; e implementação de um Judiciário mais eficiente.
Diante deste cenário de anormalidade no mundo inteiro, aumentaram também as preocupações sobre o impacto e reflexos que a pandemia da Covid-19 teve sobre as políticas públicas e privadas para a logística reversa, gravemente impactada pela crise sanitária e seus reflexos em diversas frentes.
Para mais, a crise e os efeitos por ela causados, observados para a cadeia de higienização, separação e armazenagem nos domicílios, reorganização dos sistemas de coleta, transporte e descarte adequado dos produtos, também afetou as empresas do setor privado que participam dos programas de logística reversa. Neste sentido, essas empresas se obrigaram a aumentar seus investimentos, para atender aos referidos programas.
Um elemento importante de ordem econômica identificado, foi o aumento do preço dos produtos recicláveis, que tem levado à constatação de práticas criminosas que interferem diretamente no atendimento pelas empresas de programas de logística reversa. Essas práticas vão do furto de coletadoras de produtos destinados ao descarte de produtos recicláveis, até assaltos com indivíduos utilizando uniformes de empresas.
Válido mencionar como exemplo que, algumas cooperativas na cidade de São Paulo – SP, permaneceram inoperantes por quase um ano. Ainda, algumas cidades obrigaram a quarentena dos materiais recebidos da coleta seletiva de até 72 horas, dobrando os esforços nos processos de recebimento e armazenamento dos materiais.
Como podemos perceber, resta comprovado o impacto da Covid-19 na logística reversa para o cidadão que promove o descarte dos produtos destinados à reciclagem e para quem coleta essa mercadoria. Prova disso está no aumento dos índices de rejeito nas cooperativas de catadores, devido principalmente à contaminação por máscaras descartáveis enviadas erroneamente junto com materiais recicláveis.
Considerações Finais
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