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Mapeamento de riscos e oportunidades

Com a nova reformulação das Normas ISO, o mapeamento de risco e oportunidades passou a ser visto como uma novidade, gerando um comportamento diferente nos gestores, ou seja, eles passaram a exigir o planejamento estratégico de seus superiores.

Por que mapear seus riscos é tão importante?

Numa análise mais fria, o planejamento estratégico deveria fazer parte da vida de um gestor da Norma ISO, visto que toda a decisão estratégica é feita com base nos indicadores que se controla na gestão. E se não há planejamento estratégico, como as decisões são realizadas? Para onde o Gestor direciona seus esforços?

A pergunta que fica é: como se decide, estrategicamente, qual caminho seguir se não sabem qual o caminho, se não sabem para onde querem ir? Há um ditado que diz que, quando eu não sei qual o caminho que eu quero seguir, qualquer caminho, basta! Destaco aqui, a importância, a nível de direção, que seja discutido o planejamento estratégico, matriz SWOT, riscos e oportunidades, geração de novas oportunidades. É uma gestão com planejamento assim, que ajuda a organização a visualizar para onde ela está indo e quais são as etapas a serem cumpridas para se alcançar os objetivos finais.

Para exemplificar, imagine que o negócio não tenha processamento de resíduos, mas percebi através dos meus indicadores de gestão que há uma oportunidade de fazer o gerenciamento de resíduos. Portanto, é hora de apresentar um plano de instalação, pois já tenho indicadores que demonstram a viabilidade.

Gestão ISO: indicadores para tomada de decisão

Um gestor deve estar sempre atento aos indicadores, pois eles apontam para estratégias de crescimento e de novas oportunidades de negócio, bem como, para o crescimento sustentável da organização.

Fazer planejamento estratégico, reunião de direção, com informação certa, te faz decidir certo. É aí a hora que você consegue mover as peças e fazer seu planejamento dentro de qualquer cenário. Isso se aplica a qualquer empresa.

Qual o trabalho da Alta Direção na gestão ISO?

A alta direção deve estar sempre conectada para que através dos indicadores apresentados, ela possa direcionar os seus gestores, estrategicamente. E, consequentemente, a departamentalização vai sendo desfeita, isto é, não existe mais departamento da qualidade, departamento de meio ambiente, “carinha da ISO”, “ambientalista chato”. A mudança de mindset faz com que os gestores sejam vistos como as “peças chaves” fundamentais na gestão estratégica dos processos, visto que seus indicadores contribuem significativamente na elevação do patamar da organização.

Após essa nova versão da ISO, algumas organizações já mudaram seu mindset, ou seja, passaram a entender o papel administrativo importante que o Gestor ISO representa, uma vez que ele possui papel de chefia e liderança. É o Gestor ISO que entende os processos internos e externo, é ele quem apresenta nas auditorias as matrizes de risco e oportunidade, a missão, visão, valores, bem como o planejamento da empresa e, principalmente o planejamento associado às partes interessadas e afetadas, para o bem ou para o mal.

Crescimento e mudança de mindset da organização

A partir desse novo mindset, originado por uma nova forma de se enxergar e fazer gestão, as empresas passaram a dar mais valor ao gerenciamento do que ao operacional. Com isso, perceberam a relevância e a interferência que o cliente exerce sobre os produtos e serviços oferecidos a ele. Por isso, é preciso que as áreas se falem mais, visto que o cliente exige de seu fornecedor tanto a qualidade quanto o compromisso com as questões relacionadas à responsabilidade ambiental e social.

O cliente não quer consumir produtos que sejam obsoletos ou de qualidade ruim, que não sejam biodegradáveis ou que agridem o meio ambiente, pois ele também, está mudando o seu mindset de consumo.

E somente a partir da comunicação entre as áreas é que as informações e dados vão sendo organizados para fazer parte do planejamento estratégico da empresa. E, com isso, envolver mais a Alta Direção para que eles possam visualizar as informações e entender seu mercado consumidor de tal modo, que seja possível ofertar produtos inovadores e que atendam realmente a necessidade de seu consumidor.

Mapeamento de Riscos e Oportunidades com indicadores da Gestão

Como dito anteriormente, o departamento de qualidade e de meio ambiente precisam começar a organizar as informações de seus indicadores e comunicá-las a Alta Direção, ou seja, com aqueles que tomam as decisões. A organização precisa entender que há pilares, e que o meio ambiente é um deles e está relacionado ao desenvolvimento e crescimento saudável da organização, isso significa criar um relacionamento mais eficaz com o órgão de fiscalização. Um exemplo, é o ocorrido com a Samarco, por exemplo, deixando Minas Gerais com um holofote em cima.

E, acontecimentos como esses, chamam muito mais atenção hoje, do que chamava no passado. Isso porque, o nosso próprio processo de conscientização ambiental é melhor e mais lúcido, do que era no passado. O mesmo ocorre com as questões que envolvem o relacionamento com o Poder Público que tem sido estado engajado e fervoroso, embora ele precise de papel com provas claras e diretas para cumprir seu papel de órgão fiscalizador.

Riscos e Oportunidades: mudanças de mindset e melhorias para gestão

Com esse mindset mais consciente, as organizações estão adequando os seus processos ao cumprimento das normas e legislações aplicáveis ao negócio, percebendo que tais atitudes têm contribuído, significativamente, na melhoria da imagem perante a sociedade. Sem falar que, o relacionamento entre a organização e a sociedade passa a ser mais transparente, contribuindo com ações com foco em compliance.

Nesse caso, quando uma organização busca por uma relação mais transparente e ética, mais facilidade ela terá nos quesitos de financiamento, transações. Por exemplo, o BNDES, somente aceita realizar transações com empresas que possuem políticas com foco em compliance, que cumprem seus requisitos legais aplicáveis, que cumprem suas condicionantes.

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