Ambipar ESG

NBR ABNT PR 2030 e sua relevância para o cenário atual

A crescente demanda, principalmente do mercado financeiro, sobre a temática ESG resultou no
desenvolvimento de diversos critérios e metodologias que levaram as organizações se a
sentirem perdidas sobre a pauta.

Dessa forma, a ABNT protagonizou a elaboração de uma prática recomendada (PR) a fim de
oferecer à sociedade brasileira um material para entendimento do tema ESG, trazendo
conceituações e orientações na sua integração na organização e disponibilização de um modelo
de avaliação de maturidade e direcionamento a ser aplicado pelas empresas.

Na PR são apresentados os critérios dos eixos ambiental, social e de governança entendidos
como relevantes, que foram selecionados com base em regulações, normas de sistema de
gestão, frameworks e compromissos globais como os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS). Por se tratar de uma prática recomendada aplicável para todas as empresas
independente de porte, setor ou constituição, alguns critérios ESG podem ser aplicáveis ou não
de acordo com a atividade ou setor.

O documento segue um fluxo de apresentação onde inicialmente explica os principais termos e
suas definições e uma contextualização sobre o cenário da sustentabilidade e do ESG.
Posteriormente é apresentada uma jornada ESG contendo 7 passos (Conhecer, Ter a intenção
estratégica, Diagnosticar, Planejar, Implementar, Medir e Monitorar e Relatar e Comunicar) para
sua integração na empresa e, por fim, um modelo de avaliação de maturidade seguido de
exemplos práticos de critérios ESG relevantes. A estrutura do conteúdo conta com 42 critérios
divididos em 14 Ambientais, 15 Sociais e 13 de Governança.

Alguns pontos interessantes da PR 2030 são a clareza em sua linguagem, facilitando a
acessibilidade de todos os públicos e a mensagem transmitida de que o ESG não é de um único
setor da empresa ou destinada apenas a alta liderança, ou seja, deve ser trabalhado de forma
transversal com um olhar holístico de todos que compõem a companhia.

Hoje, podemos ver com clareza, a partir de alguns acontecimentos do mercado, que caso algum
dos eixos do ESG não seja trabalhado dentro da organização, a mesma fica fadada a um dano
reputacional e de imagem, além de grande perda financeira.

Existem diversos exemplos de cases negativos que podemos citar, como o recente caso de uma
empresa do segmento do varejo, onde o eixo da Governança foi negligenciado após ser revelado
um rombo de mais de R$20 bi em seu balaço financeiro.

Outro case recente é a denúncia dos trabalhadores das vinícolas do Rio Grande do Sul, onde,
principalmente o eixo social foi afetado através da violação dos Direitos Humanos, em que mais
de 200 pessoas foram resgatadas em Bento Gonçalves em condições análogas à escravidão.
E por fim, mas não se encerrando aqui os diversos cases que surgem na mídia diariamente, o
afundamento do porta aviões São Paulo, que estava desativado e navegando há meses no mar
após ser proibido de entrar no Brasil e no exterior. A embarcação deixou o Rio de Janeiro em
2022 com destino à Turquia, para ser desmanchada. Ao chegar no Estreito de Gibraltar – entre
o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo – o país cancelou a autorização para que ela atracasse,
por considerar risco ambiental.

Estes três acontecimentos demonstram a fragilidade nos eixos do ESG apenas na realidade
brasileira em menos de 2 meses. Sendo estes apenas a ponta do iceberg. No cenário atual de
desinvestimentos e aperto de caixa nas empresas, o risco de imprudências semelhantes é
agravado.

A PR é um importante marco para o desenvolvimento da temática dentro das empresas
brasileiras e demonstra a relevância que a sustentabilidade e o ESG vem ganhando no contexto
atual. Por isso deve ser difundida e implementada para que consigamos mitigar, de forma
efetiva, problemas como os apresentados.

A Ambipar VG possui uma gama de soluções ESG e uma equipe de especialistas que buscam
desenvolver as empresas de diversos setores e maturidade sobre o tema em questão. Para saber
mais entre em contato com nossa equipe comercial.

Por: Flávia Magalhães e Hugo Andrade | Consultoria ESG

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