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Perspectivas do Ciclo de Vida a partir da Nova ISO 14001 versão 2015

A nova ISO 14001 também contém aspectos que são totalmente novos para o processo de certificação e implementação do SGA. E um deles, em específico, tem ocasionado muitos questionamentos sobre a perspectiva do ciclo de vida. Isso acontece porque a maioria dos conteúdos produzidos sobre a nova ISO afirma que os impactos ambientais devem ser identificados ao longo do ciclo de vida dos processos das organizações sem a obrigatoriedade de realização de uma Avaliação do Ciclo de Vida (ACV).

Mas como?

Perspectiva do Ciclo de Vida – o que é?

O ciclo de vida se refere ao todo. Ele vai muito além do foco das fábricas e dos processos de produção para contemplar a totalidade de um serviço ou de um produto.

É claro que, inevitavelmente, esta mudança de paradigma incide sobre o aumento da responsabilidade das organizações e sobre a cadeia de valores e exige a participação de outros atores da cadeia de consumo, como os varejistas e os próprios consumidores.

O grande foco da perspectiva do ciclo de vida é encontrar as melhores práticas socioambientais para a produção e para o consumo conscientes, incluindo o uso eficiente de matérias-primas e energias, além do enquadramento na hierarquia de gerenciamento de resíduos sólidos (PNRS, 2010).

Conforme preconizam as Políticas Nacionais de Resíduos Sólidos (2010) e de Produção e Consumo Sustentáveis (em discussão), essa versão atualizada da ISO 14001 é o alicerce mais do que relevante a vários aspectos do desenvolvimento sustentável, como a ecologia industrial e a economia circular, revelando a necessidade de as organizações identificarem os impactos além da fábrica.

Analisar as fases do ciclo de vida que podem sofrer interferências da organização já seria um ótimo começo.

Inventário da ACV

O primeiro passo para a organização de um inventário de ciclo de vida é a identificação dos aspectos ambientais mais relevantes e que ofereçam maior risco de geração de impactos. Por isso, na fase inicial de um projeto de Avaliação do Ciclo de Vida é imperativa a definição do objetivo e do escopo de seu Sistema de Gestão. Para tanto, antes, é feito o mapeamento de todos os processos da cadeia de valor. Daí, as informações são transformadas em processos elementares conectados entre si por fluxos intermediários de produto.

O ponto chave para as organizações evoluírem em sua política ambiental está na inserção desta visão e das informações adquiridas na estruturação do SGA, ou seja, na perspectiva de ciclo de vida no PDCA ou no procedimento de tomada de decisão.

ACV x Desenvolvimento Sustentável

A compreensão do ciclo de vida mapeia os aspectos e identifica impactos associados a um sistema de produto. Os conceitos que fundamentam essa visão vão além da minimização dos impactos ambientais na fábrica. Assim, devido a facilidade na obtenção de informações relacionadas à cadeia de valor, surgem cada vez mais oportunidades de atuação em todas as fases da concepção produtiva.

Fazer ou não fazer uma ACV

Após a inserção conceitual do pensamento em ciclo de vida nos procedimentos internos do SGA, a identificação da área de influência é possível. A partir desse ponto, realizar uma ACV se tornou bem mais viável.

A nova ISO 14001 não cobra a ACV como meio de atender as exigências relacionadas ao pensamento em ciclo de vida. No entanto, levantar as etapas e perfis do ciclo de vida é um ótimo caminho rumo à realização da própria avaliação de ciclo de vida.

A ACV já está sendo cobrada através de alguns acordos setoriais. Mas, a decisão de fazer ou não fazer dependerá da pró-atividade da organização.

Benefícios de se fazer uma ACV

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