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Conheça as Políticas de Gerenciamento de Risco

Todas as organizações, de todos os setores, estão sujeitas a algum tipo de risco. Portanto, é fundamental que os gestores compreendam que o risco é algo intrínseco à todas as atividades. É a partir deste contexto, que surgem as políticas de Gerenciamento de Riscos.

Mesmo as organizações, consideradas tradicionalistas e com vários anos de existência, sabem que se não fizerem uma gestão correta em relação aos riscos, criar-se-á um cenário de adversidades que podem levar à situações irreversíveis como perdas de recursos, gastos desnecessários e muitas vezes falência.

São poucos os Gestores que compreendem a importância sobre a identificação de riscos e que através de uma gestão de riscos cuidadosa, se é possível encontrar pontos positivos capazes de auxiliar as organizações nas tomadas de decisão, uma vez que estes riscos podem ser usados como vantagens estratégicas pelo Gestor.

Há grandes instituições internacionais, como o caso da ISO – International Organization for Standardization, que pesquisa a criação de normas e estatutos capazes de ajudar as organizações de todo o mundo, através de políticas de gerenciamento de riscos.

Partindo dessa visão, de que as organizações podem se munir estrategicamente através da sua gestão de riscos, cabe ao Gestor ter conhecimento sobre as Políticas de Gerenciamento de Riscos, bem como reconhecer a importância da implementação de uma Gestão de Riscos para melhorias nos processos da empresa.

Confira a seguir algumas considerações sobre a relevância de se implementar uma boa Gestão de Risco na sua empresa.

O que é gestão de risco?

O gerenciamento de risco consiste na identificação, planejamento, administração e controle dos recursos materiais, processuais e humanos da organização com o objetivo de minimizar e aproveitar os riscos ou incertezas.

As incertezas funcionam como oportunidades da empresa em identificar pontos positivos ou pontos que precisam de melhoria, visando transformar a situação não favorável, à favor da organização.

É neste momento que entram os “gerenciadores de riscos”, profissionais capacitados e com conhecimento para identificar quais são as eficiências, as incertezas, os riscos e as possíveis oportunidades, para realizar um trabalho que gere valor para o seu negócio.

A partir do momento que as empresas passam a ter os seus riscos monitorados, será possível aumentar seu “capital reputacional”, isto é, aumenta-se o retorno sob o investimento, favorecendo o cenário do negócio, para que assim possa se alcançar metas e objetivos estipulados.

Quais as vantagens de uma Política de Gestão de Riscos?

Já foi falado, em um post anterior, sobre as vantagens da gestão de riscos. Porém, Gestores que visam tomar decisões com base em ações concisas ligadas à identificação e tratamento de riscos conseguem gerar inúmeros benefícios para organização, como por exemplo:

Agregar valor ao negócio;Proteger o ambiente institucional;

Facilitar a tomada de decisões em todos os níveis hierárquicos;

Abordar e tratar incertezas;

Valorizar o capital humano e intelectual dos colaboradores;

Permitir o processo de melhoria contínua em todos os processos da organização.

Vale salientar que em uma gestão de riscos há vantagens que se estendem também para toda a cadeia de fornecedores, visto que as mudanças e melhorias também se aplicam aos stakeholders da organização de maneira geral.

Profissional responsável pelo gerenciamento de riscos

Cada área da organização deve contar com o próprio responsável para identificar os riscos, incertezas e oportunidades das tarefas desempenhadas pelo time. Tudo deve ser analisado, desde as pequenas atividades até os grandes acordos fechados.

Além disso, é fundamental que este profissional proponha ações para o tratamento dos riscos e das não conformidades identificadas, bem como avalie os resultados obtidos, de modo que ele acompanhe todo processo, devidamente.

É importante também que este profissional tenha o treinamento correto para identificar e priorizar quais riscos deverão ser resolvidos ou gerenciados, bem como o de caráter de urgência ou prioridade frente aos demais igualmente identificados.

Como tratar os riscos identificados?

Esta é considerada uma das partes mais desafiadoras, porém, se feita de maneira processual e correta, não deverá apresentar problemas. Os riscos devem ser identificados e tratados obedecendo a seis passos cruciais, conforme apontado abaixo:

1- Evitar o risco:  Todos os processos ou atividades que dão origem ao risco devem ser revistos, alterados ou descontinuados.

2 – Eliminar o risco: A fonte primária do risco deve ser descontinuada ou tratada para que não seja mais fonte de riscos.

3 – Redução do risco: Caso não seja possível eliminar completamente o risco ou as atividades que dão origem ao problema, é necessário concentrar esforços em ações que diminuirão os fatores de risco.

4 – Administração do risco: Se, mesmo perante aos esforços, não seja possível diminuir o risco, é necessário implementar ações e ferramentas de mensuração, administração e controle para este risco.

Para chegar ao estágio quatro, é aconselhado ter esgotado todas as possibilidades de eliminação e redução do risco.

5 – Alertar sobre o risco: É fundamental que todas as partes envolvidas ou afetadas de alguma maneira pelo risco sejam, devidamente, comunicadas para que as ações de contenção sejam compartilhadas.

6 – Transformação do risco: Neste estágio, o risco é analisado para que seja transformado em oportunidades que tragam benefícios para o negócio e que sejam como ‘saídas’ para a inovação e para o processo de melhoria contínua.

Como se classifica um Risco?

Dependendo do grau de gravidade e das consequências que o risco pode trazer para o negócio, ele pode ser classificado em cinco estágios diferentes.

1 – Risco extremo: São aqueles que podem paralisar produções, processos, projetos e ações, inviabilizando a conquista de objetivos e metas, com danos irreversíveis.

2 – Risco alto: São aqueles que podem interromper produções, processos, projetos e ações dificultando a conquista de objetivos e metas, com danos de reversão muito difícil.

3 – Risco médio: São aqueles que podem interromper produções, processos, projetos e ações dificultando a conquista de objetivos e metas, com danos de grande impacto.

4 – Risco baixo: São aqueles que podem degradar produções, processos, projetos e ações, interferindo na conquista de objetivos e metas, com danos de baixo impacto.

5 – Risco mínimo: São aqueles que podem degradar produções, processos, projetos e ações, perturbando a conquista de objetivos e metas, com danos de impacto mínimo.

ISO 31000 – Gerencie seus Riscos e estabeleça sua Política de Gestão

Esta é uma norma certificadora que tem em suas exigências os melhores padrões para gerenciamento de riscos, incluindo requisitos legais, em nível internacional.

A ISO 31000 é uma norma criada em 2009 cujo objetivo é de fornecer um padrão para a implementação de um gerenciamento de riscos para todas as organizações.

As políticas de gerenciamento de riscos incluem a identificação, triagem, tratamento e erradicação de problemas que podem causar impactos negativos na organização.

No entanto, é importante ressaltar mais uma vez que nem todos os riscos devem ser encaradas por um viés negativo, pois também funcionam como oportunidades de melhoria, abrindo portas para o processo de inovação na sua gestão.

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