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Prefeitura de Belo Horizonte inicia obras do primeiro refúgio climático da capital

No dia 21 de fevereiro de 2024, a Prefeitura de Belo Horizonte iniciou as obras do primeiro refúgio climático da capital. O espaço de resfriamento, que servirá para o cidadão se abrigar do sol e amenizar os efeitos do calor, começou a ser instalado na Rua dos Carijós, no Centro da cidade. O secretário municipal de Meio Ambiente, José Reis, assinou, no local, a Ordem de Serviço para o início das intervenções.

A estrutura faz parte do programa Centro de Todo Mundo, que prevê a requalificação da região central e funciona como uma “ilha verde”. Tendo como principal elemento uma árvore, o refúgio contará com uma estrutura concebida a partir de técnicas de resfriamento passivo, contendo pisos permeáveis (gramado e revestimento de eixos drenantes). Dessa forma, ele contribuirá para a correta infiltração da água da chuva, evitando alagamentos.

Destaca-se que o espaço contará com estruturas como bancos, espreguiçadeira e bebedouro. Assim, o cidadão pode utilizar o local também para descansar e se hidratar. No total, o refúgio ocupará uma área de 25,61 metros quadrados. A obra tem orçamento de R$177.588,80 e será executada pela empresa EPO Empreendimentos, de Belo Horizonte, através de compensação ambiental. A entrega está prevista para acontecer entre abril e maio de 2024 e outras unidades serão implantadas.

A espécie de árvore escolhida foi o oiti, ou goiti (Licania tomentosa), por questões dimensionais e porque deveria ser uma espécie que harmonizasse com outras já existentes. Teria que ser uma árvore cuja copa não interferisse com a marquise vizinha, e cujas raízes ficassem afastadas da caixa da rede de drenagem pluvial. Teria que ser também uma espécie que gerasse sombra em todo o perímetro durante o maior tempo possível, para que se crie um microclima próprio.

Além disso, no caso dos refúgios climáticos que serão implementados na capital, o diferencial está na árvore, que desempenhará o papel central no resfriamento do ambiente sob ela e ao seu redor. Segundo a Gerência de Ações para Sustentabilidade, da Secretaria de Meio Ambiente de Belo Horizonte, não foram encontrados, no Brasil, espaços urbanos com essa combinação de atributos: árvore, pisos permeáveis, banco e bebedouro.

Ainda, a implementação de espaços para resfriamento é uma tendência já observada em outras cidades, no Brasil e no exterior, como os cooling places de metrópoles como Paris e Barcelona. Eles contribuem para tornar os centros mais sustentáveis e menos suscetíveis aos impactos das mudanças climáticas. Parques arborizados com lagos e praças com chafariz também são considerados espaços de resfriamento.[1

Considerações Finais

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Juliana Amora | Assessoria Jurídica

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